sexta-feira, novembro 23, 2007

Silence

"All those places
Where I recall the memories
That gripped me
And pinned me down

I go to these places
Intending to think
To think of nothing
No anticipate

And somehow expect
You'll find me there
That by some miracle
You'd be aware

I'd risen this morning
Determined to break
The spell of my longing

And not to think

I freed myself from my family
I freed myself from work
I freed myself
I freed myself
And remained alone

And in my thinking
Steal you away
Though you never wanted me
Anyway

Silence
Silence
Silence
Silence"

by P.J. Harvey

sábado, novembro 17, 2007

A Outra Margem + Control

A Outra Margem

Filme muito bonito, muito português e de boa qualidade.
Não tão bonito nem de qualidade tão "internacional" como um "Alice". Não fica acima de um ou outro telefilme ou um outro filme que vai aparecendo aqui e ali ao longo dos anos, mas é um filme de tomar nota como uma grande e boa hipotese para a evolução do cinema tipico português. Provavelmente o melhor filme português que se estreou este ano (não sendo esta uma meta muito dificil), está definitivamente no meu "top 10" dos filmes portugueses. Se bem que há aí uns quantos que não vi...
A sonoplastia está quase quase quase tão boa como qualquer outro filme estrangeiro.
Apesar de ainda haver muito cinema português a ser feito como já faziamos por cá no anos 80 (ou antes... e mesmo nessa altura já era desactualizado), têm vindo a aparecer cada vez mais coisas melhores.
Ai... se ao menos o projecto da "cinecittà" portuguesa tivesse ido em frente... quem sabe se não teriamos aí uns Pasolinis, Fellinis ou qqr outro de que país for que esteja à frente do seu tempo.


Control
Um filme excelente. Não consigo falar mal de nada. Cada plano parece pensado como uma fotografia. A escolha do P&B não poderia ter sido melhor. As músicas estão muito muito bem colocadas em cada acontecimento. Mesmo o actor principal que sempre achei demasiado bonitinho (mesmo não sendo assim tão bonito) para Ian Curtis, está muito bem e vê-se muito bem no filme que a "beleza" do actor foi algo que não foi nada explorada. Gosto de actores que consigam ser horriveis e deformados se a situação assim o exigir. Este foi um desses.
A história centra-se na pessoa, no ser humano e não no vocalista ou heroi ou martir ou doente ou pobre coitado ou o que for... é uma história que é naturalissima com personagens humanas, em que o facto de haver uma banda em ascensão acaba por não ser central, que é só mais uma coisa como todas as outras que estão a ajudar ao descontrolo e que acaba por ser uma coisa que muito provavelmente já nos aconteceu ou facilmente poderá nos acontecer.
E tudo acaba por se resumir a ter controlo sobre a nossa vida ou não e a forma como lidamos com isso.
Há muito poucos filmes que me fizeram questionar a minha vida e o meu dia-a-dia. Com certeza parecerá exagerado a muitos mas este foi um deles.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Genesis segundo a concepçao tantrica



Segundo a concepção tântrica, um ponto de energia invisivel(bindu) gera a matéria primordial(prakriti), constituida por três qualidades(gunas): sattva(essência, silêncio), rajas(energia paixão) e tamas(substância, inércia).
No início da criação, as três encontravam-se em equilíbrio; foi a sua desarmonia que deu origem à diversidade do universo.

in Alquimia e Misticismo

sexta-feira, julho 20, 2007

A Prova de Morte

"Grind House (n): A theater playing back-to-back films exploiting sex, violence, and other extreme subject matter."




"Em “À Prova de Morte” Stuntman Mike (Kurt Russell) é um terrível ex-duplo de cinema cujo passatempo preferido é espalhar o terror pelas estradas da América. O seu carro é verdadeiramente indestrutível e à prova de morte, pelo menos para o seu condutor. Na primeira parte do filme vemo-lo a dar cabo de um grupo de raparigas que conhecera pouco antes num bar. Na segunda o feitiço vira-se contra o feiticeiro.
Escrito e realizado por Quentin Tarantino este é mais um filme em que o criador de “Pulp Fiction” e de “Cães Danados” se entretém a jogar e a perverter diversas referências cinematográficas, num registo servido com uma boa dose de um humor aterrador.
Desta feita o registo é baseado nos “slasher films” norte-americanos, um subgénero dos filmes de terror (cuja história normalmente era desenvolvida em torno de um psicopata que levava a cabo diversos crimes hediondos) e nas películas de perseguição de automóveis de baixo orçamento.
A estes ingredientes, Tarantino mistura ainda um leque de personagens femininas que de sensuais vítimas passam a potenciais predadoras. Aliás, a película acaba por tomar a forma de uma “guerra dos sexos” da qual ninguém sai inocente.
“À Prova de Morte” faz parte de um díptico, baseado nos “exploitation movies” as películas de baixo orçamento dos anos 60 e 70, que Tarantino levou a cabo com Robert Rodriguez. O filme de Rodriguez, “Planet Terror”, irá estrear entre nós a 27 de Setembro."

in expresso.clix.pt

Gostaria de destacar só os vários "erros" provocados de má edição, falhas/cortes no som e na imagem, com sujidades e etc, movimentos de camara onde se sente mesmo o operador a movimentá-la, erro tipico dos filmes mais antigos e nos chamados "de baixo orçamento", a constante banda sonora tipica dos filmes do Tarantino, uma ou duas referências ao Kill Bill (notar o "nome" e a cor do carro do 2º grupo de raparigas, e o toque do telemovel), a cena do primeiro acidente está muito boa, pormenores, pormenores, etc, etc.

Muito aconselhavel.

sexta-feira, junho 01, 2007

Espanha chumba auto-estrada para salvar lince

"O Governo espanhol decidiu anular a construção de uma auto-estrada de 300 quilómetros entre Toledo e Córdova para proteger muitas espécies de animais em perigo, em especial o lince ibérico.

O Ministério do Ambiente espanhol emitiu um parecer desfavorável à obra por considerar que ameaçava a vida dos linces ibéricos (felinos em vias de extinção), águias imperiais e abutres negros da Serra Morena e dos Montes de Toledo.

De acordo com um porta-voz do Ministério do Ambiente, os promotores da construção da auto-estrada terão que, eventualmente, encontrar um traçado alternativo.

O lince ibérico, que habita na Península Ibérica e apresenta um porte superior ao do gato doméstico, é uma das espécies de animais mais ameaçadas do mundo e pode tornar-se o primeiro felino a desaparecer desde a Pré-História, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).

Portugal vai criar linces em cativeiro

Actualmente existem 200 a 300 exemplares da espécie em liberdade, sobretudo no Parque Nacional de Donna, perto de Sevilha.

No início do século XX, a população de linces ibéricos rondava os cem mil felinos.

Há três semanas, os governos espanhol e português acordaram um pacto de defesa do lince ibérico, na base do qual será fundado em Portugal um centro para a criação de linces em cativeiro.

Espanha está a estudar ainda a possibilidade de acolher um segundo centro com as mesmas características, que poderá localizar-se numa quinta da Confederação Hidrográfica do Tejo, na Estremadura."


-- in Publico.pt

terça-feira, maio 22, 2007

Não quero aqui ninguém. Quero ficar sozinho a medir isto, a minha doença, a minha mortalidade, o meu espanto. Por mais que repetisse
- Um dia destes
não acreditava que o dia destes chegasse. E agora, Março de 2007, veio com a brutalidade de uma explosão no peito. Não imaginava que fosse assim, tão doloroso e, ao mesmo tempo, tão pouco digno como a velhice e a decadência. Tão reles. O olhar de pena dos outros, palavras de esperança em que não têm fé, dúzias de histórias de criaturas que passaram por isso que tu tens agora e estão óptimas. Recuperando aos poucos da anestesia vou dando-me conta de que um bicho horrível em mim, ratando, ratando. Dois sentimentos opostos
- Vou lutar, não vou lutar
e o primeiro fala antes do outro
- Chamem o Henrique
um grande cirurgião, um colega de curso, um amigo, uma das muito poucas pessoas a quem entregaria sem hesitações o meu corpo. Este texto talvez vá um pouco desconexo, desculpem, ainda estou fraco, a cabeça tem lacunas, falta-me vocabulário, há mais de nove dias que não pegava numa caneta e é difícil reaprender a andar. O meu medo que o Henrique não pudesse. Mas disse a quem lhe fala
- Eu vou já lá abaixo
e enquanto me faziam uma TAC vi-o atrás do vidro, sério, a apertar a boca. Depois veio ter comigo
- Opero-te amanhã de manhã
e queria que soubesses, Henrique, a esperança que as tuas palavras me trouxeram. Não só esperança: o que não sei dizer. Ou antes sei mas tenho vergonha. Contento-me em pensar que tu sabes também. Sei que sabes. Basta a maneira de protestares, de mão contrariada
- Não me agradeças, não me agradeças basta o teu afecto pragmático diante das minhas perguntas
- Uma coisa de cada vez
o modo como me disseste
- Eu trato-te
como diante da minha aflição, aflição sim senhor, deixemo-nos de tretas
- E se houver metástases no fígado?
- Eu tiro-as
e eu tentando pôr-me no teu lugar pensando como deve ser penoso operar um amigo. Um amigo desde os dezoito anos. Em como deve ser penoso, em como deve ter sido penoso para o Henrique trabalhar com uma carga afectiva em cima dele, naquelas circunstâncias. Mexeu-me todo: tirou a vesícula, tirou o apêndice, até as glândulas seminais andou a ver. Isto há dez dias, onze dias. Escrevo do hospital onde estou, é a primeira vez que uma pessegada destas me sucede.
Magro, magro. Com uma algália ainda: é uma sorte que uma algália ainda, tive mil trezentos e seis tubos a saírem de mim. Espero que na revista entendam a caligrafia tremida da crónica. Suceda o que suceder, uma coisa tenho por certa: isto alterou, de cabo a rabo, a minha vida.
Ignoro em que sentido, ignoro como. Sei que alterou. Santa Maria. O que farei daqui para a frente, se existir daqui para a frente? Livros, claro, foi para isso que me mandaram para o meio de vós. Quando isto sucedeu lutava com um, tinha outro pronto, já antigo, pronto há um ano e tal, para Outubro. Para dar tempo aos tradutores de o traduzirem e saírem mais ou menos na mesma altura que em Portugal. Esse livro tem a melhor prosa que fiz até hoje, parece recitado por um anjo. Aquele em que trabalhava é apenas um embrião, cerca de metade do primeiro esboço, falta-lhe quase tudo. A partir de agora, se calhar, falta-lhe tudo. Voltarei a ele? Uma coisa de cada vez, não é Henrique? Vamos a ver. De uma forma ou outra a gente luta sempre. Momentos de quase esperança, momentos de desânimo. Não: momentos de muito desânimo e momentos de desânimo maior, como se me obrigassem a escolher entre o que não vale nada e o que vale ainda menos. Este mês deram-me um prémio literário. Estão sempre a dar-me prémios e claro que tenho prazer nisso, não sou mentiroso nem hipócrita. Toda a gente foi muito simpática
e sem que eles sonhassem
(sonhava eu)
o cancro ratando, ratando, injusto, teimoso, cego. Mói e mata. Mata. Mata. Mata. Mata. Levou-me tantas das pessoas que mais queria. E eu, já agora, quero-me? Sim. Não. Sim. Não - sim. Por enquanto meço o meu espanto, à medida que nas árvores da cerca uns pardais fazem ninho. A primavera mal começou e eles : truca, ninho. Obrigado, Senhor, por haver futuro para alguém.

«Crónica do Hospital», Visão, 12 de Abril de 2007
por António Lobo Antunes


tirado do site http://assombras.blogspot.com/

domingo, abril 29, 2007

Histeria pós-massacre atira estudante para a prisão

Numa aula de escrita livre um aluno de 18 anos entregou um texto em que falava de tiros, facadas, sexo e fogo posto. O professor suspeitou de tanta violência e o jovem pode incorrer numa pena de 30 dias de prisão.


O texto assinado por Allan Lee estava repleto de cenas de violência extrema, aparentemente o professor dera-lhe liberdade para isso. Agora as represálias legais podem fazer com que este futuro Marine tenha de passar um mês encarcerado.
Aos alunos da disciplina de Inglês criativo do liceu Cary-Grove no norte dos EUA, foi-lhes dito que escrevessem “o que lhes viesse à cabeça” e que não “censurassem nada”.O que Allan fez sem pensar nas consequências.
Mas passagens como “eu entrei no prédio, saquei de duas pistolas e comecei a disparar contra toda a gente, depois fiz sexo com os cadáveres” ou “sangue, sexo e álcool. Drogas, drogas, drogas são divertidas. Esfaqueia, esfaqueia, esfaqueia, vómito”, selaram-lhe o destino e tornaram este aluno de nota 20 numa das primeiras vítimas colaterais do massacre da universidade Virgínia Tech.
Agora poderá ser acusado de comportamento desordeiro e ter de passar 30 dias detido, para além do pagamento de uma multa de 1200 euros.
América ainda em choque
Lee, que na semana passada se havia alistado no corpo de Marines dos EUA, defende-se alegando estar apenas a cumprir o que lhe foi pedido. “É suposto ser apenas lixo. Existe claramente um conteúdo violento, mas estão a retirá-lo do contexto”, alegou o jovem “Na escrita criativa é normal exagerar-se”, sublinhou ainda.
Quem não se deixou ir em cantigas foi o professor de inglês, Jeff Puma. “Não se admirem se o texto servisse de inspiração ao primeiro massacre desta escola”, alertou.
Quanto às razões apresentadas pelo aluno, Puma desvaloriza: “Não era somente linguagem violenta ou sem sentido. Ia muito para além disso”.
O rapaz foi entretanto encaminhado para um programa de acompanhamento e está agora a ser equacionada uma punição a nível escolar, garantiu o mesmo responsável.
O pai do rapaz, Albert Lee, saiu em defesa do filho, alegando que a direcção do liceu exagerou e que o jovem fora sempre um aluno bem comportado, apontando as suas excelentes notas como prova.
Contudo, Lee sabe que o país passa por uma situação complicada - menos de duas semanas após o maior massacre escolar da história dos EUA -, e diz também compreender que se tenha dado o mediatismo que se deu ao caso do seu filho.
Contrariar um desfecho mais pessimista depende do advogado de defesa e da boa vontade dos juízes. Só assim Allan Lee poderá evitar ser apanhado pela onda de choque que se seguiu à carnificina de 16 de Abril na Virgínia, quando Cho Seung-hui abateu a tiro 32 pessoas e suicidou-se.

in http://expresso.clix.pt

sábado, março 31, 2007

Por um Portugues "menor" sobre o "maior" portugues

"António de Oliveira Salazar

Três nomes em sequência regular...
António é António.
Oliveira é uma árvore.
Salazar é só apelido.
Até aí está bem.
O que não faz sentido
É o sentido que tudo isto tem.

Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
A água dissolve
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.
Oh, c'os diabos!
Parece que já choveu...

Coitadinho
Do tiraninho!
Não bebe vinho.
Nem sequer sozinho...

Bebe a verdade
E a liberdade.
E com tal agrado
Que já começam
A escassear no mercado.

Coitadinho
Do tiraninho!
O meu vizinho
Está na Guiné
E o meu padrinho
No Limoeiro
Aqui ao pé.
Mas ninguém sabe porquê.

Mas enfim é
Certo e certeiro
Que isto consola
E nos dá fé.
Que o coitadinho
Do tiraninho
Não bebe vinho,
Nem até
Café."

-- Fernando Pessoa (1935)

terça-feira, março 06, 2007

o vendedor de mentiras

"Se tem um caso e a sua esposa está de olho em si, se está desempregado mas precisa que todos pensem que tem o emprego dos seus sonhos, se quer testar o seu namorado para perceber até que ponto ele gosta de si ou se, simplesmente, precisa de receber uma chamada telefónica (supostamente) importante num dado momento, a Alibi Network pode ser-lhe útil.
Esta empresa comercializa mentiras. Sim, mentiras, desculpas, ‘tretas’ e derivados, para todos os que querem mentir com segurança. Isto porque para Jeff Irwin, “o que acaba com os casamentos não é a mentira, mas ser apanhado a mentir”. Para o empresário – que diz que o seu negócio “é ajudar as famílias” (de uma forma pouco comum e com imoralidade q.b., diriam muitos) – “este não é um mercado novo. Nós não criámos o mercado, ele já existia há muito. Nós só estamos a assegurar um serviço necessário”.
Segundo o empreendedor americano, casado, de 43 anos, “as estatísticas revelam que o mercado da mentira tem vindo a sofrer um crescimento exponencial.” Irwin diz que cerca de metade dos casais já deram uma “facadinha” no matrimónio e que “cada vez mais as pessoas vivem uma vida de mentira que não é a sua”. O empresário não tem grandes dilemas morais ou éticos e diz estar apenas a colocar as suas habilidades “ao serviço do que precisam de mentir e não sabem como”.
Por isso, quando estruturou a linha de actuação da sua empresa a abrangência de serviços foi a palavra de ordem. Irwin não ajuda só as infidelidades conjugais, mas também os homens de negócios. A Alibi Network, no seu «call centre» aberto 24 horas por dia, assegura todo o tipo de serviços desde envio de «e-mails» ou chamadas telefónicas de trabalho, programação e compra de bilhetes de avião para encontros amorosos ilícitos, até um sem número de outras opções. Os serviços desta empresa podem até arranjar-lhe uma oportuna entrevista de trabalho fora do país que o obrigará a uma ausência, também oportuna, de vários dias.
O preço varia consoante o álibi necessário. Uma chamada telefónica ou um «e-mail» para despistar a esposa ou o marido custam cerca de 10 dólares, enquanto um álibi para um fim-de-semana longe da família ou para uma questão laboral, podem ir uns quantos dólares além disso. Para além destes valores, os utilizadores deste serviço pagam uma anuidade de 35 dólares que lhes garante o direito de integrarem como membros a Alibi Network.
Desconhece-se se enquanto marido e com uma experiência tão vasta em mentiras, a esposa de Irwin confia nele. Mas os seus clientes confiam. Num ano de trabalho, a empresa que lidera resolveu os problemas de cerca de 1500 clientes.
O serviço ainda não chegou, pelo menos de forma explícita e legal a Portugal, mas tendo em conta que por cá também se mente, e nem sempre de forma muito original, talvez o ramo das “mentiras e álibis” seja um nicho de mercado interessante no país e uma área de negócio com potencial de investimento para os empreendedores lusos em busca de negócios alternativos.
Irwin esclarece, no entanto, que negócio tem regras. “A Alibi Network recusa alguns serviços como aqueles que impliquem separar casais, arquitectando mentiras a pedido de terceiros. Não difamamos ninguém, o que fazemos é legal e trabalhamos apenas com o que envolva o próprio cliente”, explica. Até porque, como em todos os negócios, neste também há limites."

--in http://expresso.clix.pt

sábado, março 03, 2007

volta - bjork's new album

"Musical innovator Björk releases her next studio album ‘Volta’ on May 7th 2007.

‘Volta’ is Björk's sixth studio album and follows the release of ‘Medúlla’ in 2004.

Featuring ten brand new and original tracks ‘Volta’ is entirely written and produced by Björk.

In the role of producer Björk has brought in various other musicians to work on her songs and ‘Volta’ features some of her most interesting collaborations so far with Antony Hegarty (Antony And The Johnsons) singing on two tracks, and Timbaland (Jay-Z, Missy Elliot etc) working with Björk on beats that she created for three further songs.

Other artists that feature on ‘Volta’ include electronic pioneer Mark Bell of LFO and two unique drummers – Chris Corsano (the improvisational drummer who has worked with Sonic Youth amongst others) and Brian Chippendale from Lightening Bolt.

Björk also brought in two acclaimed African artists for ‘Volta’ - Toumani Diabate, the Malian kora player and Konono No1 the experimental band from The Congo who won a BBC World Music Award in 2006. She has also put together her own 10 piece female brass section of Icelandic musicians who play on three further tracks. Meanwhile Chinese pipa expert Min Xiao-Fen plays on one song."

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

girl anachronism



-- the dresden dolls
-- realizado por michael pope

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

pelo “direito humano” a morrer

"Há nove anos que Kelly Taylor sofre duma doença cardíaca degenerativa bem como do síndrome de Klippel-Feil (doença congénita caracterizada pela fusão das vértebras na área do pescoço. A única esperança para Kelly Taylor era a dum transplante de coração e pulmões, mas este nunca foi efectuado. Kelly está demasiado fraca para sobreviver a tal procedimento cirúrgico.

Ao longo destes anos, viveu estoicamente a sua condição, mas quando o seu médico cardiologista lhe disse que não tinha mais de um ano de vida, esta jovem mulher de 30 anos decidiu que tinha chegado a altura de morrer. Pediu aos médicos que a tratam para aumentar a sua medicação de modo a induzi-la a um estado de coma. Porque os médicos recusaram responder ao seu pedido, pois equivale à eutanásia que é considerada assassínio à luz da lei britânica, Kelly Taylor decidiu recorrer à Justiça para lutar pelo seu direito a morrer. O seu caso começará a ser julgado no dia 26 de Março.

Kelly Taylor não é a primeira pessoa a tentar obter este direito em tribunal no Reino Unido (de resto, nenhum tribunal britânico atribuiu esse direito), mas o seu caso é único no sentido em que os seus advogados estão a utilizar a Convenção Europeia dos Direitos Humanos para o defender. A sua defesa vai basear-se nos seguintes argumentos: os médicos têm o dever de lhe oferecer “controlo de dor” adequado, mesmo que isso acelere a sua morte (esta decisão é conhecida por “efeito duplo”); e os seus últimos pedidos de não receber alimentação artificial ou hidratação, quando estiver inconsciente devido ao efeito da morfina. “Não consideramos que estamos a pedir algo de ilegal e pensamos que os tribunais vão chegar a esta conclusão. A única forma de lhe aliviar a dor é aumentar as doses da medicação até esta atingir um estado de inconsciência”, disse à BBC Richard Stein, advogado que representa Kelly.

Em bom rigor, o caso de Kelly Taylor não equivale a um pedido ao direito à eutanásia, mas na prática é assim que as autoridades médicas o interpretam. A British Medical Association (BMA), o órgão que representa e regulamenta os médicos que exercem no Reino Unido, disse que não pode aceder ao pedido do aumento de sedativos com o objectivo de pôr fim a uma vida. A posição da BMA é informada pela legislação que não só proíbe a eutanásia, mas também proíbe o chamado “suicídio assistido”. No entanto, os doentes têm direito a recusar tratamento que lhes prolongue a vida. Por outro lado, 73% dos médicos britânicos é contra a eutanásia, segundo uma sondagem realizada pelo Royal College of Physicians. Para os médicos britânicos, doentes como Kelly Turner podem viver com maior conforto se lhes forem administrados melhores cuidados paliativos."

--in expresso.clix.pt

sábado, fevereiro 10, 2007

paradise cafe #7.2

...Mais vale maricas que caloteiro, foi o que aprendi!



Termina aqui a apresentação deste belo jogo da minha infância. O que eu me ri à pala disto, ainda eu não sentia o mínimo interesse sexual.
Agora, continuo a achar piada, mais porque me lembro de quando era puto e porque isto é realmente muito cómico, mas é um jogo REALMENTE muito aborrecido porque não evolui nada e acaba por ser sempre a mesma coisa.
Também se pode também assaltar ou violar velhinhas, ser-se assaltado, comprar e vender droga e no final, acabamos na prisão a "esgalhar o pessegueiro"(como eu dizia qdo era puto) porque nos roubaram os documentos e o policia os pede ou porque fomos ao Paradise Café sem dinheiro e chamam a policia.

Não fossem as paredes serem sempre iguais e vermelhas e aquilo podia muito bem ser Lisboa de 1985, com o pintas a dar um giro pela night.

paradise cafe #7.1

Mas este jogo não se limita a ser didático numa só àrea e para além de nos ensinar as melhores dicas para agradar às meninas, também nos ensina a não ser caloteiro e a não ficar a dever nada a ninguém!





paradise cafe #6

Uma vez lá dentro, e com o Voyeur Sagrado de olho em nós, não podemos recuar nem vacilar. Ela não pode nem cheirar a nossa vacilação. Aí escolhemos uma de três grandes hispoteses.
(clicar na imagem se quiserem ver maior para aprender quando aplicar na nossa vida, a melhor frase no melhor momento.)



quinta-feira, fevereiro 08, 2007

paradise cafe #5

Agora é que começa a acção.
Claro que se quisermos mostrar que somos verdadeiros machos latinos, aceitamos, mesmo que não tenhamos dinheiro!

paradise cafe #4

Se dissermos que não queremos entrar porque não temos dinheiro e não queremos enganar a senhora, ou pq ela tem as mamas descaidas ou está demasiado pixelizada ou simplesmente porque não está mesmo a apetecer.
O que aprendi é que é tudo treta!!! O Paradise Café explica qual é o nosso problema real:

Paradise cafe #3


"Paradise Café" - A verdadeira educação começa aqui (não necessáriamente por esta ordem no jogo).

terça-feira, fevereiro 06, 2007

paradise cafe #2


tirado de "Paradise Café" o jogo português mais conhecido de sempre. Criado para o ZX Spectrum.

Para quem não conhece, o ZX Spectrum era, basicamente, um teclado ao qual se ligava um monitor e um leitor de cassetes. Sim, das cassetes de musica, mas em vez de musica tinha um codigo que o computador(ou, visualmente, o teclado) reconhecia e que ía fazendo com que o jogo carregasse. Isto fazia um barulho tipo bip continuo ou "arranhado" alternando entre várias combinações, para mim, completamente aleatórias. Cada jogo podia demorar uns 5 minutos (numero atirado ao ar) a carregar, provavelmente menos mas parecia uma eternidade.
Enquanto o computador carregava o jogo através do código na cassete, havia todo o risco de algo correr mal. Era muito frequente, a meio ou quase no final, aquilo simplesmente bloquear. Qual o motivo? O culpado era sempre o leitor. Limpava-se a cabeça do leitor, afinava-se para ficar o mais agudo possivel, punha-se o mais alto possivel, carregava-se na cassete ou qualquer outra coisa e geralmente acabava por resultar. Se alguma destas ou outras coisas está completamente correcta, completamente errada ou qualquer coisa no meio disto, não faço ideia, era puto e fazia tudo o que me diziam que podia ajudar e lá ía criando os meus próprios mitos, rituais, superstições e todas essas coisas ocultas que faziam todo o sentido, principalmente se somos nós que os criamos e resultam, pelo menos, uma vez.

Quanto à imagem... estou a começar pelas mais suaves. Ou isto não fosse O Unico Jogo Verdadeiramente Educativo Tuga.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

paradise cafe #1


tirado de "Paradise Café" o jogo português mais conhecido de sempre. Criado para o ZX Spectrum.

Por volta dos meus...8 ou 9 anos (ou algo por aí), aprendi muito com este jogo educativo. Tinha que o jogar às escondidas da minha mãe, mas com o qual me ria à gargalhada com o meu irmão e o meu tio Janeca que devia ter na altura uns 12 ou 13 anos.

terça-feira, janeiro 30, 2007

last night I dreamt that somebody loved me

"Last night I dreamt
That somebody loved me
No hope, but no harm
Just another false alarm

Last night I felt
real arms around me
No hope, no harm
Just another false alarm


So, tell me how long
Before the last one ?
And tell me how long
Before the right one ?


The story is old - I know
But it goes on
The story is old - I know
But it goes on


Oh, goes on
And on
Oh, goes on
And on
"

-- The Smiths

quarta-feira, janeiro 17, 2007

oscar wilde's quotes


"The people who love only once in their lives are really the shallow people. What they call their loyalty, and their fidelity, I call either the lethargy of custom or their lack of imagination. Faithfulness is to the emotional life what consistency is to the life of the intellect - simply a confession of failure."

"A man can be happy with any woman, as long as he does not love her."

"To be popular one must be a mediocrity."

"To define is to limit."

"To get back my youth I would do anything in the world, except take exercise, get up early, or be respectable."

-- The Picture of Dorian Gray


"A true friend stabs you in the front"

sexta-feira, janeiro 12, 2007

numb

Yeah this is how it ends
After all these years
Tired of it all
Hopelessly helplessly broken apart
He finally falls
He doesn't want to think
Doesn't want to feel
Doesn't want to know what's going on
Says there's nothing he can do will change anything
He doesn't want to know what's going wrong
Because he's in love with a drug
One that makes him numb
One that stops him feeling at all
He's in love with a drug
Forget everyone
He really doesn't care anymore
Anymore...

Yeah this is how it ends
After all this time
Everything just fades away
Worn-out and empty and all alone
With nothing left to say
Oh it's all too big to make a difference
It's all too wrong to make it right
Yeah everything is too unfair
Everything too much to bear
He doesn't have the strength left for the fight
Says all he wants is the drug
The one that makes him numb
The one that stops him feeling at all
He just wants to take the drug
Forget everyone
He doesn't want to care anymore
Just keeps loving the drug
The one that makes him numb
The one that stops him feeling at all
Just keeps loving the drug
The drug that he's become
He isn't really here anymore...

And that makes me cry"


-- by The Cure

terça-feira, janeiro 02, 2007

a tempestade

Será que eu sou capaz

De enfrentar o seu amor

Que me traz insegurança

E verdade demais ?


Será que eu sou capaz ?

Veja bem quem eu sou

Com teu amor eu quero que sintas dor

Eu quero ver-te em sangue e ser seu credor


Veja bem quem eu sou

Trouxe flores mortas prá ti

Quero rasgar-te e ver o sangue manchar

Toda a pureza que vem do teu olhar

Eu não sei mais sentir



-- Legião Urbana